quarta-feira, 20 de julho de 2016

JUDICIALIZAÇÃO NO SUS - POR LUIZ EUGÊNIO ISC/ UFBA

Matéria especial com ex-presidente da Abrasco aborda judicialização e as tensões da Saúde Coletiva

Ex-presidente da Abrasco entre os anos 2013 e 2015 e pesquisador e professor do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Luis Eugenio de Souza concedeu entrevista ao Observatório de Análise Política em Saúde, projeto fruto da Rede de pesquisas em Política, Planejamento e Gestão e ligado ao Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA).
A entrevista abordou o tema da judicialização da saúde e a complexa rede de relações éticas e sociais desencadeadas a partir das ações ingressadas no Judiciário para a garantia de novos tratamentos ainda não universalizados pelo sistema.
Para Luis Eugenio, são diversos os fatores e atores políticos e sociais que operam, sejam a favor ou contra o volume de ações jurídicas na área da saúde. “Nós temos de um lado as falhas nas políticas e programas de saúde, do outro lado uma pressão da indústria farmacêutica e, por fim, uma falta de adesão, de conhecimento, dos prescritores em geral às listas oficiais do SUS. Então o fenômeno da judicialização é extremamente complexo e tem um efeito grande do ponto de vista orçamentário e financeiro. São muitas ações, muitas vezes são drogas caras, que têm um impacto muito grande no orçamento. Algumas secretarias de Saúde ou boa parte delas estão se organizando administrativamente para tentar antecipar as demandas judiciais e, nesse sentido, conseguir fazer compras com mais eficiência, com menos gastos, melhor relação custo-benefício, conseguindo assim medicamentos mais baratos. Outras ainda estão sofrendo impacto muito grande dessas decisões judiciais que, obviamente, dificultam a gestão”.
Ele aborda ainda sua experiência como presidente da Associação, dos debates do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão2015 – e as lutas e tensões no campo da Saúde Coletiva. O pesquisador defendeu ainda a aproximação entre a produção do conhecimento científico e a formulação de políticas públicas e o fortalecimento da relação entre saúde e democracia. Atualmente, além das pesquisas junto ao OAPS e as aulas no Instituto, ele é coordenador do Comitê de Assessoramento em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Abrasco.

FONTE: ABRASCO.ORG

terça-feira, 19 de julho de 2016

MARTAGÃO GESTEIRA SUSPENDE SERVIÇOS POR DIFICULDADES

O Hospital da Criança Martagão Gesteira anunciou nesta quinta-feira (14) a suspensão de serviços essenciais na unidade. De acordo com comunicado enviado à imprensa, a decisão está relacionada às dificuldades financeiras enfrentadas devido ao subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital comunicou aos secretários municipal e estadual da Saúde que, em 30 dias, serão iniciadas uma série de ações que culminarão no encerramento de atividades da unidade. “Trata-se de um processo complexo com diversas implicações éticas, médicas, sociais, humanitárias, cíveis e trabalhistas.
Os primeiros passos adotados serão: suspensão do serviço de neurologia, redução de 50% das cirurgias cardíacas, suspensão de casos novos de oncologia e suspensão do serviço de assistência aos portadores de fissuras lábio palatinas”, diz a nota. Ainda segundo o comunicado, o hospital solicitou o posicionamento dos gestores para garantir o acesso dos seus pacientes à rede pública, além do acompanhamento pelo Ministério Público Estadual deste processo de transferência. “É inquestionável a importância do SUS, o pleito é para que ele seja fortalecido com a correção dos valores de repasse.
O provável fechamento dos hospitais filantrópicos representa a própria morte do Sistema Único de Saúde. A Bahia está de luto”, finaliza o texto. O Hospital Martagão Gesteira é uma das entidades que encabeçam a campanha SOS Saúde da Bahia, um pedido de ajuda às filantrópicas. O Superintendente da liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, mantenedora da unidade, Antônio Novaes Júnior, sobre os problemas enfrentados.
FONTE: clicknoticias

GREVE DE TERCEIRIZADOS VIROU ROTINA NO GOVERNO PT

MODELO DE GESTÃO PRIVATISTA VISANDO O CAOS NO SUS NA BAHIA

Pela segunda vez em Ilhéus, e com certa rotina, o atraso salarial é carro chefe no governo Rui Costa, a  visão do secretário Fábio Vilas Boas é considerada por todos uma das piores no quesito SUS, além de criar uma parceria entre as organizações do terceiro setor, o estado não repassa aumento salarial aos servidores estatutários, e ainda deixa sucatear as unidades da rede própria, um total descaso a saúde do estado da Bahia, esse modelo foi visto ainda na década de 90 pelo então presidente FHC e esta sendo adotada por Rui.